Conheça um pouco sobre a história da bíblia
A Bíblia Sagrada não é para o cristão católico apenas uma coleção de livros com cunho histórico. Escrita por homens e inspirada pelo Espírito Santo, ela é a Palavra de Deus, revelada aos homens ao longo da história. Além de todo o conteúdo divino presente em todos os livros da Bíblia, ela contém também ricas descrições de fatos históricos relevantes, transmitidos com grande exatidão. Como exemplo, arqueólogos e historiadores do mundo todo têm descoberto, em ruínas de cidades até então perdidas, fatos importantes que descrevem a história de épocas antigas e encontram na Bíblia a comprovação destes momentos da história.
A palavra Bíblia tem origem no grego e significa "coleção de livros". Esses livros estão organizados em dois grandes grupos: o Antigo e o Novo Testamento.
A palavra testamento significa aliança (no cenário bíblico, entre Deus e a humanidade). O Antigo Testamento narra toda a história do povo de Deus antes da vinda de Cristo à Terra para a salvação da humanidade. Nele estão contidos 46 livros que estão divididos em quatro partes:
Pentateuco: Gênesis; Êxodo; Levítico; Números e Deuteronômio;
Livros Históricos: Josué; Juizes; Samuel I e II; Reis I e II; Crônicas I e II; Esdras; Neemias; Macabeus I e II; Rute; Tobias; Judite e Ester;
Livros Sapienciais: Provérbios; Jó; Eclesiastes; Eclesiástico; Sabedoria; Salmos e o Cântico dos Cânticos;
Livros Proféticos: está divido em Profetas Maiores: Isaías; Jeremias; Ezequiel e Daniel; e também os chamados “Profetas Menores”: Lamentações; Baruc; Oséias; Joel; Amós; Abdías; Jonas; Miquéias; Naum; Habacuc; Sofonias; Ageu; Zacarias e Malaquias.
No Antigo Testamento da Bíblia Católica há 07 livros que são chamados “deuterocanônicos”, os quais os judeus e protestantes não os consideram como inspirados por Deus. São eles: Tobias, Judite, Macabeus I e II, Sabedoria, Eclesiástico e Baruc. Os mesmos foram aceitos definitivamente como canônicos (isto é, inspirados) pela Igreja Católica em 1556 no Concílio de Trento (reunião dos Bispos do mundo inteiro na cidade de Trento, Itália.
O Novo Testamento traz os acontecimentos da vinda de Jesus até por volta do ano 100 (data provável do falecimento do apóstolo João). Os livros presentes no Novo Testamento contém a narrativa do nascimento, ministério público, morte, ressurreição e a ascensão de Jesus, além do nascimento da Igreja, a vivência das primeiras comunidades, as viagens missionárias de São Paulo e a expansão da Igreja por todo o mundo. São 27 livros e estão divididos em cinco partes:
Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João;
Atos: Atos dos Apóstolos;
Epístolas Paulinas: Romanos; Corintos I e II; Gálatas; Efésios; Filipenses; Colossenses; Tessalonicenses I e II; Timóteo I e II; Tito; Filemôn e Hebreus;
Epístolas Católicas ou Pastorais: Thiago; Pedro I e II; João I, II e III; e Judas;
Apocalipse: Apocalipse.
O mês de setembro é dedicado para a celebração do “mês da Bíblia”. O mês foi escolhido por nele se recordar a memória de São Jerônimo, no dia 30, data de seu falecimento.
Segundo a tradição da Igreja, Jerônimo nasceu por volta de 347 d.C. e faleceu 420. Em vida, exerceu as funções de escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador exegeta e doutor. Juntamente com Santo Hilário, Santo Ambrósio e Santo Agostinho, ele ficou conhecido como um dos grandes quatro Padres da Igreja daquele período.
A pedido do Papa Damaso, Jerônimo traduziu do hebraico e do grego, os livros sagrados para o latim, língua universal daquela época e oficial da Igreja, levando a Palavra de Deus para mais pessoas. Essa tradução feita por Jerônimo recebeu o nome de “Vulgata”.
Foi a partir da Vulgata que a Bíblia foi traduzida para a língua portuguesa, ainda na Idade Média a pedido de D. Dinis, de forma parcial. Assim, gradativamente as Sagradas Escrituras ganharam traduções nas mais diversas línguas, alcançando todos os povos e levando amor, esperança e caridade a todos o que leem e meditam a Palavra de Deus nela contida.